Flowers

Flowers
Marry

domingo, 21 de março de 2010

Soneto

No espaço percorrido em breve momento
minha memória no voo ingênuo do coração
lembrou da amada de beijos lentos
e cálidas volupias de grande emoção

Ultima flor a desabrochar a magia
do esplendor de laureis da palavra amor
busco afora de minha realidade a fantasia
tentando encontrar de seu corpo o calor

vivendo nesse paralelo de real e imaginário
vou traçando o caminho da existência
outrora com cariçias aogra triste e solitário

porém se a felicidade não é constante
tampouco a tristeza tem tal tenência
por isso vivo a felicidade no brilho de um instante

sexta-feira, 19 de março de 2010

Soneto do Amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.

É bom sentá-lo novamente ao lado
Com os olhos que contem o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.

Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com meu próprio engano.

O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...

A Escolhida

Entusiasmado proclamo seu nome aos quatro ventos
sem ter medo nem ressentimento, pois em sua presença só encontrei felicidade e nunca lamento.
Quem a escolheu?
Foi meu coração.
cansado de amor platônico encontrei nela o amor nação
Mas desde o dia em que ela partiu na imensa escuridão
meu coração perdeu a alegria minha alma tornou-se um vulcão,cheio de larva incandescente aquecendo o frio da solidão.
Se não fosse assim não sobreviveria pois já perdi a alegria daquele dia em que ela acertopu meu coração.
pois ela não é a escolhida pela razão, mas sim a escolhida do meu coração.

Soneto de Inspiração

Não te amo como uma criança, nem
Como um homem e nem como um mendigo
Amo-te como se ama todo o bem
Que o grande mal da vida traz consigo.

Não é nem pela calma que me vem
De amar, nem pela glória do perigo
Que me vem de te amar, que te amo; digo
Antes que por te amar não sou ninguém.

Amo-te pelo que és, pequena e doce
Pela infinita inércia que me trouxe
A culpa é de te amar - soubesse eu ver

Através da tua carne defendida
Que sou triste demais para esta vida
E que és pura demais para sofrer

Autopsicografia

O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.

Caju Poemas

"Se todo alguém que ama
Ama pra ser correspondido
Se todo alguém que eu amo
É como amar a lua inacessível
É que eu não amo ninguém
Não amo ninguém
Eu não amo ninguém, parece incrível
Não amo ninguém
E é só amor que eu respiro"

quinta-feira, 18 de março de 2010

Canção

Quando o dia abriu sua janela Meu coração bateu asas, singela A dor que invadiu o meu peito Sentir mais tarde quando morta a vi no leito. Eu quis compor estes versos simples Do qual submeto alma e coração Só para registrar este momento Em que quis compor minha primeira canção O evento que me inspira é muito triste Meu destino me incumbiu de uma dor muito forte Hoje taciturno, me arrependo de um dia ter deixado o norte.

quarta-feira, 17 de março de 2010

O Retirante

Vaga sozinho, ao lado medo e solidão
Futuro incerto, em que convive-se com a morte
Única certeza desta tênue vida
Da qual foge procurando alento ao coração

Sob o sol agreste, sua rara alegria
Brota, quando ver cair pingos de chuva
A molhar o duro chão do sertão

Pensa em voltar , mas sua cabeça grande reflete:
“e se a seca quiser comigo vortá?”.
Ele tem medo, suas energias são poucas
A longa caminhada já gastara quase toda.

Este bom filho não retorna, segue em frente
O medo impulsiona cada passo, cada respirar de alma
Enfim, parti em busca do desconhecido
Pobre homem, soubesse ele que a cidade
Lhe fará sofrer mais que seu ensolarado sertão
Nem tinha partido para morrer na solidão.

espaço












O desconhecido ai habita




Entre luas, cometas e sei lá o que mais




Vive a terra , esse minúsculo planeta




Com gente de mente tão pequena.

Disco Voador

Eu quero viajar um
dia em um disco




Ser abduzidos por
esses seres engraçados




Quem sabe lá não
seja melhor,




Vai que eu não
preciso mais pagar aluguel,




Nem ver crianças
serem abusadas,




Me leva seu E.T.

O tempo com dois atos

Um ato corrente ao dia
O outro corrente à noite
A iluminação do dia penetra os corações amigos
Aquecendo a amizade
A escuridão da noite cuida das feridas
Ocasionadas pela sinceridade

Mas às vezes o tempo foge dos atos,
Enjoado da rotina
Muda para o buraco negro e renova suas amizades
Evade do real, despreza o dia e a noite
Que foram sempre seus amigos
Escurece o dia que andou lado a lado
E entristece a noite
Que mesmo escura
Tinha a luz da lua para alegrar
Mas o tempo tomou,
Rasgou a lua em busca de novidades
Tufões, terremotos, vulcões em erupção
Tragédias e turbulências.

O tempo descobre-se só
Recuado
Cadê o dia?
Cadê à noite?
Se foram com saudades do tempo.

Reflexão

Há quem diga que as coisas simples perderam seu valor,

Na barulhenta confusão que o mundo proporciona atualmente.

Há que m diga que o amor não existe, na totalidade de seu esplendor e magia,

No entanto admitem a face triste de pessoas rutilantes e vazias.

Há quem diga que sonhar com o futuro, é viver no universo da imaginação

preferem aceitar o mundo obscuro, do que procurar alento ao misero coração.

Há quem diga que as asas da liberdade, foram cortadas pela correria da sobrevivência.

E no decurso da vida restam apenas saudades, daquele tempo da bela e livre inocência.

Há quem diga que viver perdeu seu brilho, e que as flores não exalam sua fragrância

Os pássaros não dão mais estribilhos, nem brota mais o riso de uma criança.

Quem quiser dizer diga, mais eu poeta dos sentimentos acredito na vitória do homem

Sobre seus preconceitos, vivendo a felicidade em cada momento, libertando a alegria e o amor

Reclusos no peito.
Noite alta, um relance de memória faz-me lembrar

Daquela que há tempos deixou-me de amar.

Lembro-me dos seus olhos negros, profundamente belos,

Incisos no seu rosto pálido, de sorriso amarelo.



Lembro-me do seu cabelo brilhante e espesso

Doce amada a quem dedico estes versos.



Lembro-me do calor do seu corpo que a mim aquecia

Nas auroras boreais e também na noite fria.



Lembro-me de sua voz que penetrava na alma.



Que pena, isso tudo faz parte do passado,

São só lembranças de um eterno apaixonado.



terça-feira, 16 de março de 2010

Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.


Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.


Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.


Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.

A Escolhida

Entusiasmado proclamo seu nome aos quatro ventos
sem ter medo nem ressentimento, pois em sua presença só encontrei felicidade e nunca lamento.
Quem a escolheu?
Foi meu coração.
cansado de amor platônico encontrei nela o amor nação
Mas desde o dia em que ela partiu na imensa escuridão
meu coração perdeu a alegria minha alma tornou-se um vulcão,cheio de larva incandescente aquecendo o frio da solidão.
Se não fosse assim não sobreviveria pois já perdi a alegria daquele dia em que ela acertopu meu coração.
pois ela não é a escolhida pela razão, mas sim a escolhida do meu coração.
Quando eu morrer... não lancem meu cadáverNo fosso de um sombrio cemitério...Odeio o mausoléu que espera o mortoComo o viajante desse hotel funéreo.Corre nas veias negras desse mármoreNão sei que sangue vil de messalina,A cova, num bocejo indiferente,Abre ao primeiro o boca libertina.Ei-la a nau do sepulcro — o cemitério...Que povo estranho no porão profundo!Emigrantes sombrios que se embarcamPara as pragas sem fim do outro mundo.Tem os fogos — errantes — por santelmo.Tem por velame — os panos do sudário...Por mastro — o vulto esguio do cipreste,Por gaivotas — o mocho funerário ...Ali ninguém se firma a um braço amigoDo inverno pelas lúgubres noitadas...No tombadilho indiferentes chocam-seE nas trevas esbarram-se as ossadas ...Como deve custar ao pobre mortoVer as plagas da vida além perdidas,Sem ver o branco fumo de seus laresLevantar-se por entre as avenidas! ...Oh! perguntai aos frios esqueletosPor que não têm o coração no peito... E um deles vos dirá "Deixei-o há pouco De minha amante no lascivo leito."Outro: "Dei-o a meu pai". Outro: "Esqueci-oNas inocentes mãos de meu filhinho"...... Meus amigos! Notai... bem como um pássaroO coração do morto volta ao ninho!...

O Retirante

Vaga sozinho, ao lado medo e solidão
Futuro incerto, em que convive-se com a morte
Única certeza desta tênue vida
Da qual foge procurando alento ao coração

Sob o sol agreste, sua rara alegria
Brota, quando ver cair pingos de chuva
A molhar o duro chão do sertão

Pensa em voltar , mas sua cabeça grande reflete:
“e se a seca quiser comigo vortá?”.
Ele tem medo, suas energias são poucas
A longa caminhada já gastara quase toda.

Este bom filho não retorna, segue em frente
O medo impulsiona cada passo, cada respirar de alma
Enfim, parti em busca do desconhecido
Pobre homem, soubesse ele que a cidade
Lhe fará sofrer mais que seu ensolarado sertão
Nem tinha partido para morrer na solidão.

Canção

Quando o dia abriu sua janela
Meu coração bateu asas, singela
A dor que invadiu o meu peito
Sentir mais tarde quando morta a vi no leito.

Eu quis compor estes versos simples
Do qual submeto alma e coração
Só para registrar este momento
Em que quis compor minha primeira canção

O evento que me inspira é muito triste
Meu destino me incumbiu de uma dor muito forte
Hoje taciturno, me arrependo de um dia ter deixado o norte